quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Nasa quer desenvolver 'táxis' para visitas à Estação Espacial

Agência poderá investir até US$ 500 milhões em cada empresa escolhida. Atualmente, transporte de astronautas norte-americanos é feito pela Rússia.

A Nasa espera que pelo menos duas empresas norte-americanas projetem e fabriquem táxis espaciais para levar e trazer astronautas no trajeto entre a Terra e a Estação Espacial Internacional, disseram gerentes do programa na terça-feira.
A Nasa planeja investir US$ 300 a 500 milhões em cada uma das firmas selecionadas sob uma parceria prevista para durar 21 meses, disse Ed Mango, gerente do programa de Tripulação Comercial da Nasa, em um evento no Centro Espacial Kennedy, no mesmo dia da oficialização da iniciativa.
O novo programa incrementa investimentos anteriores da agência espacial norte-americana em firmas voltadas para a construção de naves. Com a aposentadoria da frota de ônibus espaciais dos EUA, no ano passado, a Rússia passou a ter o monopólio no transporte de tripulantes da Estação. A China, único outro país a manter voos espaciais tripulados, não participa do projeto do laboratório orbital.

A Rússia cobra da Nasa cerca de 60 milhões de dólares por tripulante transportado até a estação, que orbita a Terra a cerca de 385 quilômetros da altura, e recebe seis tripulantes por vez - dos EUA, Rússia, Europa, Japão e Canadá.
As firmas que ganharem a concorrência terão até maio de 2014 para concluir os projetos, e se as verbas permitirem a intenção é testar as naves até meados da década, segundo Mango.
No voo de demonstração, a nave, com capacidade para pelo menos quatro astronautas, deve ser capaz de alcançar uma altitude de pelo menos 370 quilômetros, manobrando no espaço e permanecendo em órbita por pelo menos três dias, segundo o executivo.

Desde 2010, a Nasa já investiu US$ 365,5 milhões em empresas privadas, sendo US$ 130,9 milhões na Boeing, US$ 125,6 milhões na Sierra Nevada Corp. e US$ 75 milhões na SpaceX.
A Boeing está desenvolvendo uma cápsula chamada CST-100, que voaria a bordo do foguete Atlas 5. A SpaceX, já escolhida pela Nasa para levar cargas à Estação Espacial, pretende modernizar sua nave cargueira Dragon e o foguete Falcon 9, para que também possam voar com tripulantes.
A Sierra Nevada está desenvolvendo um veículo alado chamado Dream Chaser, que parece um ônibus espacial em miniatura. Assim como a nave da Boeing, essa também seria lançada com o Atlas 5, que é fabricado e vendido pela United Launch Alliance, joint-venture da Boeing e Lockheed Martin.
A Nasa tem US$ 406 milhões de dólares para gastar em novos programas para voos comerciais tripulados no ano fiscal que começa em 1O de outubro. Mango disse que cerca de três quartos da verba estão disponíveis para a próxima fase do programa, e que os escolhidos devem ser anunciados em julho ou agosto.
A agência espacial dos EUA espera que seus astronautas possam usar os voos comerciais a partir de 2017, aproximadamente.

Feira no Japão apresenta novidades para se proteger de terremotos.

Depois de tsunami, surgiram equipamentos para ajudar na sobrevivência. Mesa com amortecedores e comida que esquenta sozinha são novidades.

Um ano depois do terremoto que provocou o tsunami devastador no Japão, uma feira está apresentando novidades para a população se proteger.
Quando o chão balança, cuidado para não cair. Mas se a casa tiver um dos novos equipamentos anti-terremoto, o voluntário quase não sente o tremor. Em uma demonstração na feira, uma garrafa nem se mexe. É que ela está sobre uma mesa com amortecedores que compensam a vibração. A resina plástica gruda e desgruda da mesa facilmente. Mas quando ocorre um tremor, ela parece uma super-cola. Veja no vídeo o simulador: em um terremoto de intensidade 7, os objetos presos com a resina balançam, mas não caem.
Quem mora no Japão precisa ter em casa o chamado kit-terremoto, com itens para sobreviver por até três dias, tempo estimado para chegar socorro. Um dos itens mais importante é comida. Mas não é qualquer uma. Pode faltar gás e eletricidade para fazer o fogão e o microondas funcionarem. A solução: comida que esquenta sozinha. Basta botar os pacotes de comida em um saco plástico com duas substâncias que, ao entrar em contato, provocam uma reação química que faz a temperatura chegar a 95°C. O suficiente para que a comida seja servida no ponto. "E ficou gostosa", disse um homem.
Depois do tsunami de março do ano passado, surgiram mais equipamentos para ajudar a sobreviver a uma onda gigante. Um muro de ferro, que pode chegar a 5m de altura, fecha as ruas para a passagem da água. Funciona automaticamente e é erguido pela própria força da onda. Um colete salva-vidas tem mais proteção principalmente no pescoço, porque as vítimas são jogadas de um lado para o outro. Um sensor e um tubo de gás comprimido fazem o colete se inflar quando a pessoa é coberta pela água.
Na feira, também há uma cápsula feita de uma resina especial para resistir aos choques com muros e árvores. Pode abrigar até quatro pessoas, que ficarão um pouco apertadas. Ela tem um nome sugestivo: Noé, o personagem bíblico que sobreviveu ao dilúvio.

Túnel submarino em obras desaba no Japão e deixa 5 desaparecidos.

Seis trabalhadores estavam no local, mas apenas um conseguiu sair.
Túnel ainda foi inundado pela água do mar.

Um túnel submarino de uma das maiores refinarias do Japão, em Okayama, desabou nesta terça-feira . Cinco pessoas estão desaparecidas, diz a imprensa local.
Seis homens trabalhavam no túnel em construção no momento do acidente, por volta de 3h30 (hora local), mas apenas um homem conseguiu deixar o local, que foi inundado pela água do mar, disse um porta-voz do Corpo de Bombeiros.

O acidente ocorreu na refinaria Mizushima, da JX Nippon Oil & Energy, um braço da petroleira JX Holdings. O túnel de 5 metros de diâmetro deveria unir dois edifícios.

Superávit em conta corrente do Japão tem pior resultado em 15 anos.

Saldo nas operações do país com o exterior caiu 44% em 2011.
Foi a maior queda já registrada, para um patamar de US$ 125 bilhões.

O superávit em conta corrente (saldo nas operações do país com o exterior) do Japão registrou forte queda em 2011, para o menor nível em 15 anos. As transações correntes registraram superávit de 9,6289 trilhões de ienes (US$ 125 bilhões) em 2011, recuo de 44% na comparação com 2010. Foi a maior queda já registrada.
Em dezembro, o superávit da conta corrente tombou 75% em relação ao ano anterior, na décima queda mensal seguida e que ficou próxima da mediana das projeções do mercado, apontam dados do Ministério das Finanças divulgados nesta quarta-feira (8).
O superávit de dezembro ficou em 303,5 bilhões de ienes (3,95 bilhões de dólares), ante uma estimativa de 336,9 bilhões de ienes.

FinanciamentoEmbora por enquanto os investimentos externos estejam cobrindo uma posição comercial em declínio do país, há crescentes dúvidas sobre por quanto tempo Tóquio será capaz de financiar sua enorme dívida pública domesticamente.
O declínio foi sinalizado por dados divulgados em janeiro mostrando que o Japão teve no ano passado seu primeiro déficit comercial desde 1980, após o devastador terremoto em março passado prejudicar as exportações e aumentar a dependência de importações de combustíveis devido aos fechamentos de usinas nucleares.
Mas o maciço investimento estrangeiro de Tóquio gerou uma forte renda de 14 trilhões de ienes em 2011, produzindo um superávit externo equivalente a cerca de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) nominal.
"É difícil acreditar que o Japão se tornará um país deficitário em conta corrente no médio prazo", afirmou o economista sênior da Mitsubishi UFJ Morgan Stanley Securities no Japão, Tatsushi Shikano.